sábado, 26 de março de 2011

JOSEPH HAYDN

HAYDN, COMPOSITOR MENOR?

Isaac Starosta

A mim aconteceu de encarar a música de Haydn durante três etapas em minha vida de audiófilo.

Na primeira etapa, minha apreciação de Haydn foi cheia de preconceitos, em grande parte por influência opiniática de curiosos.

Exemplos de preconceitos sobre Haydn:

- ele seria um Mozart metido a Beethoven.

- ele seria um Mozart mais fraco do que Mozart.

- o conjunto da obra de Beethoven, para seus fãs, o torna imbatível na História da Cultura.

Pelo critério dos mozartianos inveterados, Haydn seria um Mozart insuficiente, ou piorado, já que ele não compôs a ópera A Flauta Mágica, nem a Sinfonia Júpiter, ou seja, um classicista apenas bonzinho, eclipsado por Beethoven, e sem chegar aos brilhos melífluos do romantismo que viria depois.

Na segunda etapa, com o correr do tempo, muitos apreciadores de música erudita elevaram seu conceito sobre Haydn, pois de fato ele foi o maior criador de quartetos de cordas e de sinfonias orquestrais de todos os tempos. Tais obras passaram a ser elogiadas como basilares, de valor incontestável, seriam obras-primas indispensáveis ao repertório das orquestras bem como às discotecas dos colecionadores de gravações.

Numa terceira fase, ultimamente, alguns musicólogos descobriram que os quartetos e sinfonias de Haydn são fichinha perto das suas óperas, gravadas pela Philips em CDs, com Antal Dorati na regência, e, mais recentemente de suas Missas completas. Pois as Missas não são lúgubres nem chorosas. São verdadeiras explosões de alegria! E a série de gravações das Missas pela Naxos, em Toronto no Canadá, nos revela a juventude eterna dessas vozes de Coro com solistas, sendo que as próprias entradas da orquestra soam como solos vocais de tão cantábiles que são.

Já há um bom tempo que Haydn é para mim essencial pela delicadeza de suas sonatas, pela espontaneidade supremamente bem arquitetada dos seus quartetos de cordas e das sinfonias também.

E, com a explosão de alegria das missas e das óperas, expressa de forma equilibrada, Haydn, para mim, superou a melancolia de Mozart e o dramatismo por vezes grandiloqüente de Beethoven.

quarta-feira, 2 de março de 2011

CAVALO MARINHO

Terminei o meu Cavalo Marinho. Parece um desenho de aquarela, ou uma lenda bizarra

Uma lenda feita mais de silêncio do que de palavras. Uma lenda que não sei se existe, ou se fui eu quem a inventou.

CAVALO MARINHO

De Isaac Starosta

O que foi feito

Desse cavalo

Tão ágil que

Eu pilotei?!

Beijou a sereia

Dentro das águas

E acabou ilhado

Na praia seca

Cavalo marinho

Olhou o céu

Sumiu no Mar

Sem intenção

E me deixou

A praia infinda

Toda encharcada

De solidão

CAVALO MARINHO

Terminei o meu Cavalo Marinho. Parece um desenho de aquarela, ou uma lenda bizarra

Uma lenda feita mais de silêncio do que de palavras. Uma lenda que não sei se existe, ou se fui eu quem a inventou.

CAVALO MARINHO

De Isaac Starosta

O que foi feito

Desse cavalo

Tão ágil que

Eu pilotei?!

Beijou a sereia

Dentro das águas

E acabou ilhado

Na praia seca

Cavalo marinho

Olhou o céu

Sumiu no Mar

Sem intenção

E me deixou

A praia infinda

Toda encharcada

De solidão