segunda-feira, 3 de outubro de 2011

DOR OUTRA VEZ

DOR OUTRA VEZ

De Isaac Starosta

Dor é sentimento

Em calda

É fervor servido

Em ebulição

Quem sente amor

Também sente dor

Que tudo ocorre

Se compensando

Pelas leis naturais

Quem consegue evitar

Os frios de primavera

Clima extra-galático?!

DALAI-LAMA

Dele tenho uma frase que recebi do Dr. Oscar Glusman, se estou bem lembrado. Como quer que seja, convém divulgar pois a frase é boa, justa e se encaixa perfeitamente na minha maneira de pensar. Ei-la:

“Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, e depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.

E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente e acabam por não viver nem no presente nem no futuro.

E vivem como se nunca fossem morrer, e morrem como se nunca tivessem vivido”

RESPOSTA A UM LEITOR

Alguém, que se intitula como Ideiafix, quer saber o que penso sobre a obra A Criação de Haydn. E respondo que, diferente de Handel, não era característico de Haydn o escrever cantatas com enredo bíblico. Poderíamos dizer que as obras de Haydn são de um classicismo lírico enquanto que as de Handel, por seguirem fielmente as narrativas bíblicas, são mais dramáticas.

Lembro de uma época, aqui em Porto Alegre, em que Pablo Komlos, um maestro judeu-húngaro proveniente da Europa, transitou pelo Uruguai até se fixar em Porto Alegre onde fundou a primeira Orquestra Sinfônica na história de nossa cidade. Pois eu lembro que, das obras aqui regidas por Komlos, além da Nona Sinfonia de Beethoven, a que mais forte impressão causou ao nosso público foi exatamente a Criação de Haydn; entre os trechos que fizeram a platéia chorar de emoção estava o “E Fez-se a Luz!!!”, neste trecho a música crescia tanto até ir bater lá no Céu! A Criação era o puro Gênesis traduzido em português, o que facilitava a compreensão do auditório.

O tema da Criação foi sugerido a Haydn por Johann Peter Solomon, violinista e compositor alemão que se radicou na Inglaterra, onde introduziu as sinfonias de Haydn e Mozart. O oratório estreou-se em 1798 em Viena e foi seguido por outro, As Estações do Ano, em 1801. Na sua época Haydn não conseguiu ser tão apreciado quanto Mozart e Beethoven, apesar de ser sumamente interessante em todas as suas numerosas obras.

Hoje, séculos após a sua morte, surpreendentemente surge um consenso, entre estudiosos e críticos, de que Haydn alcançou sua realização máxima nas músicas vocais: oratórios, missas e óperas.

Para o audiófilo em geral a música de Haydn é muito ampla e inesgotável. E os intérpretes estão sempre redescobrindo-a tanto nas sinfonias, como no quarteto de cordas e na música para teclado, cujas possibilidades ele ampliou com sutilezas, leveza de execução e uma lógica de estruturação pura e cristalina.

Um comentário:

  1. Caro Sr. Isaac

    Espero que sua saúde esteja bem, já que a poesia e a citação acima parecem mostrar outra coisa!
    Obrigado pela pequena critica sobre a obra monumental de um compositor, na minha opinião até hoje não muito valorizado. A criação realmente tem partes como o senhor descreveu:
    “E Fez-se a Luz!!!”, neste trecho a música crescia tanto até ir bater lá no Céu!
    Já Ideiafix é o caozinho do Obelix, amigo de Asterix, que adotei como avatar e nome no meu blog sempre inacabado. Sou o Marco, frequentador do amigo comum Ivan 'stoned' Silva!
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Id%C3%A9iafix

    Saudações e saúde

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