sábado, 15 de janeiro de 2011

FOLHA CORRIDA

Já faz alguns dias que não compareço a este blog.

E continuo hoje enviando mais um poema, na esperança de ser lido por alguém. O poema precisa ser convincente, ou seja, tudo aquilo que não sei se eu sou.

FOLHA CORRIDA

Isaac Starosta

Me cansei de qualquer negócio

Mesmo porque as coisas melhores

Resistem a serem compradas

São o prazer do que se faz

Me cansei de aniversários

Desnecessários e de coquetéis

Inaugurais de quem nunca saiu

Do porto nem engoliu o mar

E para que enterrar alguém?

Mandar para o túmulo pessoas

Que há muito estão cansadas

De morrer?

Me cansei de assinar manifestos

Certidões requerimentos

Sem saber depois o que fazer

Com essas vidas de papel..

Já faz alguns dias que não compareço a este blog.

E continuo hoje enviando mais um poema, na esperança de ser lido por alguém. O poema precisa ser convincente, ou seja, tudo aquilo que não sei sse eu sou.

FOLHA CORRIDA

Isaac Starosta

Me cansei de qualquer negócio

Mesmo porque as coisas melhores

Resistem a serem compradas

São o prazer do que se faz

Me cansei de aniversários

Desnecessários e de coquetéis

Inaugurais de quem nunca saiu

Do porto nem engoliu o mar

E para que enterrar alguém?

Mandar para o túmulo pessoas

Que há muito estão cansadas

De morrer?

Me cansei de assinar manifestos

Certidões requerimentos

Sem saber depois o que fazer

Com essas vidas de papel..

2 comentários:

  1. Parabéns pelo poema! Muito bom!
    Porém, particularmente, achei muito pessimista...
    Quando vc fala que não gosta de aniversários, por exemplo, acho isto muito negativo. Este tipo de evento social serve para colocarmos em prática o maior fundamento da Kabballa judaica, que é o compartilhar, entende?
    Beijos!
    Xandi.

    ResponderExcluir
  2. Gostei do poema!
    É o mundo de hoje, que também me assusta, porque o que realmente importa, parece importar a pouca gente.

    Dá uma olhada em meu blog tb, ok? cris-cristinamacedo.blogspot.com

    Abraços.

    ResponderExcluir