terça-feira, 18 de maio de 2010

amor ao porto

AMOR AO PORTO

Tenho o prazer de apresentar a vocês um poema do meu livro “Amor ao Porto”, publicado já faz um tempo, em Porto Alegre, pela Secretaria Municipal de Cultura/Fumproarte .

O livro contém textos poéticos com assuntos atuais e outros que são reminiscências da cidade um pouco mais antiga, tais como Praça do Portão, Carros Antigos, Chafariz da Praça da Harmonia, Bar Liliput, o Fenomenal Mario Quintana, Praça da Redenção, PortoAlegre Via Outono, Amor Urbano etc.

Os textos são ilustrados pelas fotos de recantos da cidade feitas pela minha filha fotógrafa, Márian Starosta. Ela prometeu fotografar o meu coração de pai para ver se aparece na foto a minha paixão por ela.

Aliás Luiz Fernando Veríssimo, que dispensa maiores apresentações, disse sobre este meu livro:

“A Poesia do lugar...

“A melhor maneira de resgatar um lugar é pela poesia, essa forma rara de prospecção. É o que o Starosta faz. Desencava a Porto Alegre que ficou sob as camadas do tempo e a revela como era quando suas ruas tinham nomes bonitos. Também nos leva junto numa arqueologia pessoal e recupera um lugar mágico chamado de ‘nosso tempo’ o nome que damos à nossa juventude. É, eu também me lembro do hidrolitol.

“Você pode visitar o passado sem poesia e talvez até faça um levantamento mais preciso do que foi perdido. Mas só com a poesia recuperará não apenas um tempo, mas seu sentimento, aquilo que ficava invisível e indizível entre as coisas. Enfim, só com poesia chegará à poesia.

“O Starosta descobriu vestígios de outra civilização.”

O livro “Amor ao Porto” pode ser encontrado nas Livrarias Cultura, ou pelo site www.livrariacultura.com.br.

Boa leitura

AMOR URBANO

De Isaac Starosta

Num túnel te beijei

te sonhei mais alta

que o arco-íris

O sol no rosto

um susto um solavanco

a cada sinaleira

Publicamos nosso amor

no alto de um anúncio

de sabonete

Uma balada pelo ar

nos mantém em algum lugar

à sombra do edifício

Nossos corações secando

no fio de náilon

da área de serviço

E o amor que a gente liga desliga

liga desliga como se fosse um

aparelho eletrodoméstico

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