segunda-feira, 24 de maio de 2010

ESCREVER BEM

A propósito, hoje assinalei, durante uma conversa, com bastante ênfase, olha que coisa mais linda, os artigos produzidos na última revista PIAUÍ. O simples fato de a revista ser bem grandona te dá uma impressão de que estamos sendo levados nas ondas de um mar de sabedoria, graça e amor à linguagem, e mais, que a percepção do mundo nos cerca por todos os lados, é avassaladora a impressão.

Artigos como A Dieta de Evo, onde se combinam sociologia, dietética e humor; o diário de uma repórter que aproveita para aprender o tango em Buenos Aires, se tornando uma verdadeira história natural do tango argentino; e o artigo Ser mendigo em Ipanema, começa com os antecedentes de jovens rebeldes e o Pasquim na década de Sessenta, chegando à fama do bairro e o seu desenvolvimento, até desembocar nos mendigos de hoje. E assim vai, coisas para ler que não acabam mais.

Finalmente um veículo adequado para tudo, inclusive os anúncios de Concertos Musicais da Cultura Artística. Papel mais encorpado que o habitual, propaganda só esparsa. E aquele seriado pré-eleitoral: Por que Dilma, Por que Serra, Por que Marina, que riqueza de informações, de ilustrações coloridas, verdadeira salada fílmica, melhor do que qualquer pesquisa numérica!

A mim me impressiona muito bem quando posso encontrar uma linguagem de escrita equilibrada, bem articulada nos sons e nas idéias. Lembra em muito a antiga revista SENHOR, que, segundo eu creio, fazia parte daquela época desenvolvimentista de Juscelino.

Penso até que o Século XX brasileiro retomou a efervescência dos tempos modernos de países desenvolvidos como a Inglaterra, por exemplo. E urgentemente o Século XXI precisa, para o bem deste país e de sua população, readquirir o hábito de escrever bem. Não seria nenhum luxo erudito nem excesso de babados ornamentais. Até pelo contrário.

Precisamos escrever bem para maior clareza daquilo que pensamos e expressamos. Escrever bem é transmitir as coisas que pretendemos dizer de modo a sermos mais bem entendidos. E de forma ampla, em todos os campos.

No futebol, por exemplo, haveria muito menos brigas se torcedores, diretores, técnicos e jogadores procurassem uma linguagem mais clara para promover o entendimento.

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