quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

POEMA DO NUNCA



Este pequeno poema é mais um daqueles que eu esqueço dentro de um dos meus caderninhos de bolso. Quando o reencontrei, também foi dentro do ônibus, numa nova viagem ao país da Poesia.

Gosto dele na medida em que é uma nota de viagem, uma simples improvisação que o tempo confirmou:

- Sim, senhor poema, eu lhe conheço de algum lugar...

POEMA DO NUNCA

De Isaac Starosta

Nunca fiz um soneto

Mas tenho sonhos

Às vezes pretos

Nunca vi o Amor

Assim mesmo eu amo

Pelo tato e pela substância

Nunca estive

No campo de batalha

Mas conheço as águas

Mergulho nas águas

Sem saber se vou voltar

sábado, 15 de janeiro de 2011

FOLHA CORRIDA

Já faz alguns dias que não compareço a este blog.

E continuo hoje enviando mais um poema, na esperança de ser lido por alguém. O poema precisa ser convincente, ou seja, tudo aquilo que não sei se eu sou.

FOLHA CORRIDA

Isaac Starosta

Me cansei de qualquer negócio

Mesmo porque as coisas melhores

Resistem a serem compradas

São o prazer do que se faz

Me cansei de aniversários

Desnecessários e de coquetéis

Inaugurais de quem nunca saiu

Do porto nem engoliu o mar

E para que enterrar alguém?

Mandar para o túmulo pessoas

Que há muito estão cansadas

De morrer?

Me cansei de assinar manifestos

Certidões requerimentos

Sem saber depois o que fazer

Com essas vidas de papel..

Já faz alguns dias que não compareço a este blog.

E continuo hoje enviando mais um poema, na esperança de ser lido por alguém. O poema precisa ser convincente, ou seja, tudo aquilo que não sei sse eu sou.

FOLHA CORRIDA

Isaac Starosta

Me cansei de qualquer negócio

Mesmo porque as coisas melhores

Resistem a serem compradas

São o prazer do que se faz

Me cansei de aniversários

Desnecessários e de coquetéis

Inaugurais de quem nunca saiu

Do porto nem engoliu o mar

E para que enterrar alguém?

Mandar para o túmulo pessoas

Que há muito estão cansadas

De morrer?

Me cansei de assinar manifestos

Certidões requerimentos

Sem saber depois o que fazer

Com essas vidas de papel..