MISTÉRIO DA ESCADA
Isaac Starosta
Num lugar anterior deste blog publiquei Escada Rolante, poema onde eu, inclusive, pedi a preferência do leitor ou pelo poema antigo ou pelo recente, os dois com o mesmo título.
Hoje lembro que quando decidi publicar Escada Rolante neste blog, minha esposa, Silvia, manifestou preferência, e que eu devia logo publicar, um outro poema da mesma época e que também falava em escada.
Agora, pois, resgatando minha dívida com Silvia, publico hoje, com grande prazer o poema que ela considera o mais expressivo e intenso dos meus poemas que usam o tema da “escada”.
ESCADA
De Isaac Starosta
(Para Silvia)
A escada me projeta
pelos degraus
que alteiam e consomem.
Velha escada.
Onde os teus
patamares?
Onde um descanso
para tantos desejos
e quedas súbitas?
Num degrau sentado,
penso deter
a procissão dos séculos.
Entre o negror,
os passos apressados
de tantas vidas!
Descendo às origens.
Escada.
Subindo ao nada.
Escada.
Onde estou?
Todas as escadas nos levam ao Estádio Olimpico Monumental da Azenha....hehehe
ResponderExcluirMuito bom o poema!
Este poema demonstra muito bem os sentidos mais profundos do objeto escada.
Eu sempre lembro a escada de "Jacó", que levava ele para ter contato com os anjos, veja só que significa espiritual contido numa escada, né?
Parabéns!
Xandi.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirJá que fui citada, posso me manifestar tb: gosto, neste poema, da habilidade do Isaac em falar de assuntos altamente filosóficos com poucas e certeiras palavras, através de uma metáfora, descrevendo um objeto tão comum, que muita gente acha que é um simples utilitário, mas que pode levar a "outros níveis". Silvia
ResponderExcluirAmigo Isaac!
ResponderExcluirBelíssimo poema!
"Penso deter a procissão dos séculos." Diz tudo!
Abraço com toda a admiração de sempre, querido poeta!
Gilia